Quando ouviste “Por onde quer que vá vou-te levar para sempre. A culpa não foi sua, os caminhos não são tão simples mas eu vou seguir. Viajo em pensamento…” é a verdade. Não, a culpa não foi tua, não mandas no que sentes. Nem sempre o que sentimos é aquilo que nos convém sentir. Não te culpes por já não sentires o mesmo. Não atribuas a ti msm culpas que nem sequer existem. Aconteceu, apenas isso.
Quero que saibas que “no meu coração, onde quer que vá, levarei o seu sorriso em meu olha. O que eu sinto por você, não vai passar”. Agora tudo me faz lembrar de ti, de nós, serão sempre lembranças demasiado fortes. E mais uma vez peço desculpa, desculpa por ter dificultado as coisas, por me ter aproximado hoje, pelo beijo, por tudo o que talvez não devesse ter acontecido.
Acabou mesmo, não foi? Então so tenho que o interiorizar.
Talvez me engane, talvez já não saiba ler nos teus olhos, não entenda mais os teus gestos. Porque hoje tudo em ti me dizia que sim, que continuas a gostar de mim, que continuas a querer estar comigo, que ainda queres tudo o que sempre te irá pertencer. Tudo em ti me chamava e pedia para não ir embora. O teu olhar pedia-me que não te deixasse, pedia-me para voltar. Talvez tenha perdido o dom de ver o que te vai no peito, talvez não consiga ler-te como um dia li. Talvez agora tenhas segredos que eu não consigo desvendar. Talvez os teus gestos e o teu olhar tenham um novo código, uma chave que já não me pertence. Talvez esteja errada agora. Enquanto tudo aquilo que tu não podias comandar, tudo o que se expressa por si só me dizia “eu quero-te, fica comigo. Segura-me na mão e pede-me para voltar. É apenas uma nuvem de medo e incertezas, estou apenas a afastar-me de ti porque me preocupo demasiado com o que os outros pensam. Porque estou a tentar racionalizar um sentimento, não me deixo guiar pelo coração. Penso, em vez de sentir… não me deixes, eu não te quero perder”. Enquanto tudo isso me dizia para lutar por ti, tu que ainda me pertences, as palavras que saiam da tua boca queriam dizer o contrario, querias dizer-me “Vai, já não te amo, já não sinto nada. Não quero continuar contigo larga-me, afasta-te e deixa-me ir.” O que tu tentavas dizer-me era isso, mas nunca o disseste. O beijo pediu-me para ficar, mas tu quiseste que fosse. O teu olhar, o teu abraço, tudo em ti me pede para não te deixar, para lutar por nós, enquanto tu me tentas pedir o contrario. Os teus olhos dizem que sim, os teus lábios que não. Já não entendo nada. Ou eu já não te sei decifrar, ou não há razão para esta separação. Mas afinal, quem sou eu? O que eu digo talvez não seja valido. Afinal sou só alguém que se apaixonou perdidamente e não te conseguirá esquecer, não se consegue afastar, porque te ama e já não sabe viver sem ti.
A minha opinião de nada vale agora. Tenho mil e uma perguntas, e nenhuma resposta. Apenas sei que te amo e amarei. Meu amor, não te quero deixar ir, não consigo…
O abraço forte que tiveste, o limpar de lágrimas, a mão que por instantes seguraste acabando por largar, quero que saibas que terás sempre. São gestos de alguém que te ama sim, mas também de uma amiga que terás sempre!
Maio 2009
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