09/07/09

Bati a porta.

“Bato a porta devagar, olho só mais uma vez como é tão bonita esta avenida”.
Bati a porta, olhei para trás, bati devagar, acabou por não fechar. Voltei atrás, tentei voltar a (re)viver o passado, vi que não dava, não valia a pena, a avenida tinha sido bonita sim, mas já não o era. Agora era apenas mais uma, cheia de pó e lembranças, cheia de razoes para ir, uma simples avenida que me fazia relembrar o que tenho de esquecer, so me fazia sofrer. Avenida que me fazia chorar por uma causa perdida.
Agora, agora bati a porta e não foi devagar. Bati bruscamente, sem olhar para trás, sem pensar em nada mais, apenas fechei a porta de modo a não abrir mais e deitei a chave fora! Não quero voltar atrás e não voltarei.
Passado, tu também o serás em breve, e lá ficarás. Aprenderei a esquecer e não dar importância ao passado, a não lhe mexer, a não o sentir. Agora a porta fechou-se e não me deixa voltar atrás. Atrás dela esta tudo o que irei esquecer, e seguirei noutra direcção. Da porta pra lá, o passado, da porta pra cá o presente e o futuro. Time to change!
A porta está fechada, mas ainda há uma janela aberta e por vezes o vento traz me a lembrança de ti, do que não posso sentir. Ainda me volto e acabo por espreitar.
Um dia aprenderei a não olhar, um dia terei a força necessária para fechar também essa janela. Um dia… por agora, as forças que tinha gastei-as todas a bater a porta… Um dia, quem sabe...



Maio 2009





[E agora tu tornaste aquela simples janela numa porta que se vai abrindo por vezes, mostrando me 2 caminhos diferentes... REsta-me fugir ou entrar e deixar-me ir por um desses caminhos...]

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